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Foco: Robert Altman Jogos
e trapaças e Quando homens são homens (1971), por Filipe
Furtado
Fitas do Sótão
Apresentação "_ Parece que as pessoas estão redescobrindo seus filmes todo o tempo. _ Sim, é verdade, e é muito gratificante. Mas ainda tenho que trabalhar todo ano para pagar meu aluguel." Este mês, DVD/Vhs põe em Foco a obra de Robert Altman. Assassinato em Gosford Park, seu último filme, foi recebido como uma volta por cima; colecionou elogios da crítica em todo o mundo, conquistou o público e terminou reconhecido na cerimônia do Oscar. A longa carreira de Altman desafia a noção mesma de "volta por cima". Sua relação com Hollywood pode muito bem ser definida pela citação do próprio Altman que abre esta pauta. Um artesão, por certo, mas firmemente fiel a seus princípios ideológicos e cinematográficos, Altman procura há mais de trinta anos preservar sua independência criativa no seio de uma indústria que procura domar a todo custo qualquer manifestação individual. Esta relação complexa é essencial para redefinir qualquer tentativa de compreensão da velha dicotomia arte/indústria inerente ao cinema. Procuramos aqui reavaliar alguns dos "fracassos", recuperar alguns filmes injustamente esquecidos e jogar nova luz sobre clássicos inquestionáveis com que Altman nos brindou em sua trajetória. Há, ainda, a presença fiel de Carlos Thomaz Albornoz e sua coluna Fitas do Sótão. Fiquem atentos para novidades na próxima edição. Uma boa leitura a todos. Fernando Verissimo
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