DVD/VHS

Foco - Wes Anderson
Pura Adrenalina (1997), por Fernando Veríssimo
Três é Demais (1999), por Eduardo Valente

Filmes a Descobrir, Filmes a Recuperar
O Imperador do Norte (1973) de Robert Aldrich, por Filipe Furtado
Caçador de Morte (1978) de Walter Hill, por Filipe Furtado

Listagem
Pornochanchadas em vídeo, por Ruy Gardnier

Apresentação

A seção de DVD/VHS vai criando seu perfil, e estreando novas sub-seções. Neste mês retomamos os Filmes a Descobrir, Filmes a Recuperar, que já foram pauta principal da revista e que agora têm nova e constante morada aqui. Além disso, reforçamos a idéia das listagens, que dão uma chance ao leitor de se aprofundar nas principais pautas da revista indo até uma locadora perto da sua casa.

No Foco deste mês começamos um outro tipo de diálogo que esta seção vai se dedicar a estabelecer com o mundo do cinema de agora em diante. Com estréia prevista para meados de março, Os Excêntricos Tenenbaums deve surgir, amparado por uma distribuição maciça e burburinho nos cadernos de cultura, como um sério candidato a "hit" nos circuitos de arte brasileiros. Produção com a chancela de um grande estúdio de Hollywood, Tenenbaums chega a nossas telas como o primeiro sucesso de público do núcleo de criação encabeçado por Wes Anderson e Owen Wilson, e conta com um elenco que reúne veteranos com comprovada capacidade cômica (Gene Hackman, Bill Murray, Danny Glover, Anjelica Huston) e uma nova geração de astros (Gwyneth Paltrow, Ben Stiller). É o terceiro filme nascido da colaboração entre Anderson e Wilson, e sua estréia deve chamar atenção para suas obras anteriores: Bottle Rocket, produção independente de baixo orçamento, praticamente desconhecida do público; e Rushmore, cuja carreira infeliz nas bilheterias norte-americanas foi em grande parte responsável pelo lançamento precário em telas brasileiras. Vale dizer que os dois filmes estão disponíveis em VHS no Brasil, embora a crítica de Rushmore tenha se baseado numa edição de DVD disponível somente para a região 1. Os títulos nacionais (absurdos, diga-se de passagem) podem ser conhecidos na seção.

Certamente dono de um universo estético e narrativo próprios, Anderson conseguiu algo raro no grande cinema recente dos estúdios americanos que é impôr uma visão artística fora dos padrões logo em seus primeiros trabalhos. Por acreditarmos que esta é uma obra em formação, que vale a pena estarmos acompanhando, é que dedicamos esta seção a ele.

Boa leitura, bons filmes, e até o mês que vem com mais novidades.

Fernando Veríssimo e Eduardo Valente