Editorial



Anna Karina e Jean-Luc Godard durante as filmagens de Pierrot le Fou (O Demônio das Onze Horas)

O mês de abril no Rio de Janeiro terá um nome: Jean-Luc Godard. A mostra prometida pelo Estação Botafogo desde 1999 finalmente aporta aos cinemas cariocas a partir do dia 19 próximo, depois de ter passado por São Paulo no começo do ano. Oportunidade, então, para dedicarmos novamente um número da revista ao diretor (nossa edição nº04, de abril de 1999, foi a primeira), desta vez focando exclusivamente em seus trabalhos recentes, numa tentativa de entender o percurso godardiano nos últimos anos, um percurso que é tão apaixonante quanto mal-compreendido e/ou pouco abordado. Cinco textos tentam dar conta da produção recente de JLG, desde Salve-se Quem Puder (A Vida), de 1979, até os dias de hoje, com as História(s) do Cinema e o filme Elogio ao Amor, que entrará em cartaz logo após o fim da retrospectiva.

Completa nossa edição a mostra que vem fazendo a sensação do circuito cinéfilo carioca, dedicada ao Cinema Marginal e Suas Fronteiras. Tendo já coberto a edição paulista no ano passado, Contracampo dessa vez vai em busca dos encontros com diretores, da crônica do dia-a-dia de uma mostra como essa (que está atingindo uma popularidade muito maior do que a da primeira edição) e da reflexão sobre o significado histórico desses filmes dentro do cinema brasileiro que existe hoje. Como a mostra continua até 31/03, o leitor pode esperar mais novidades para nossa edição seguinte. Nossa seção de DVD/VHS, sintonizada com a premiação de Berlim, realiza um perfil do diretor Hayao Miyazaki, vencedor do festival com o filme A Viagem de Chihiro, primeira animação a ser laureada com um dos maiores prêmios europeus de cinema. Boa leitura.

Ruy Gardnier

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