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Baseado na obra de Tennessee Williams, na verdade trata-se de um pequeno exercício com três atores e um só longo take. O modo como Candeias foge da forma absolutamente teatral é utilizar exclusivamente os closes e movimentar os atores de acordo com a presença da câmera. Destaque para a presença do cineasta brasileiro Beto Brant (ainda identificado como Roberto Brant), no principal papel masculino. Como a maioria da obra de Williams, trata de decadência, loucura, e acima de tudo, da tentativa de mascará-las através de um jogo de aparências e palavras. Na verdade, Candeias parece encontrar um formato ainda mais barato do que o de seus filmes: três atores, uma câmera de vídeo, um cenário neutro, um take. Dá o que pensar na possível utilização por Candeias do formato digital para cinema. Um trabalho menor, por tudo que o compõe, mas de algum interesse na tentativa de procurar caminhos de produção e também de analisar a junção do imaginário quase sempre sufocantemente brasileiro de Candeias com este texto estrangeiro. Eduardo Valente |
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